No contexto de crise econômica e dificuldade de ascensão profissional no país, o projeto pode ser ainda mais vantajoso e pode ser uma ótima forma de crescer e se diferenciar.
O problema é que muitas pessoas desistem da ideia de carreira de sucesso nos EUA – ou em qualquer outro país – por acreditarem que os empregadores estrangeiros desvalorizariam sua experiência de trabalho “restrita” ao mercado brasileiro.
Segundo especialistas, um profissional altamente especializado, como um executivo da área de TI com uma certificação específica da sua área, por exemplo, será muito valorizado nos Estados Unidos, a despeito de ter trabalhado apenas aqui.
Mas não são apenas os especialistas técnicos que podem receber a acolhida do mercado norte-americano. Um profissional de nível superior com méritos significativos em sua profissão, que vão de prêmios profissionais a um impacto comprovado na empresa onde atuou, tem boas chances com os headhunters de lá.
O executivo com interesse em trabalhar nos Estados Unidos deve fazer uma petição para o órgão de imigração do país solicitando um visto de permanência, a partir de uma série de documentos que comprovem seu preparo para atuar profissionalmente no mercado de lá.
Esse pedido precisa ser muito bem embasado: por meio de empresas credenciadas, o governo norte-americano precisará avaliar currículo, histórico escolar, cartas de recomendações, entre diversos outros papéis. Em muitos casos, é um bom caminho atuar como PJ (Pessoa Jurídica) e prestar serviços para grandes empresas. Para essa função é preciso ter nível superior e pelo menos sete anos de experiência comprovada após a graduação.
Embora trabalhoso e exigente, esse movimento pode resultar em um forte impulso para a carreira do executivo brasileiro. Veja a seguir 5 conselhos em como ter uma carreira de sucesso nos EUA:
1. Não tente fazer tudo sozinho
O ideal é que todo o processo de migração seja acompanhado por um advogado e por uma empresa credenciada oficialmente pelo governo norte-americano, que avaliará os documentos necessários para validar o processo.
Não são raros os executivos que acreditam que ficarão “ricos” nos EUA, mas ignoram a considerável carga de impostos do país – aplicada aos seus ganhos lá e também no Brasil. Além disso, é preciso lembrar que os EUA exercem um controle rigoroso de imigrantes ilegais, e brasileiros que entram com visto errado são penalizados invariavelmente. Para não se dar mal, é importante contar com a ajuda de um consultor para obter os documentos de entrada mais adequados.
2. Estude a cultura norte-americana
Conhecer a cabeça dos locais é essencial para se integrar mais facilmente ao mercado de trabalho nos EUA. Ao saber quais são as diferenças culturais mais sensíveis entre as duas nacionalidades, você evita gafes e age menos como um estrangeiro.Aprender os códigos de comportamento dos norte-americanos é tão ou mais importante do que estudar a cultura organizacional da empresa onde você vai trabalhar.
3. Priorize a excelência em inglês (sobretudo na escrita)
Você pode ser um profissional impecável do ponto de vista técnico e comportamental, mas sua carreira nos EUA não irá muito longe se o seu nível de inglês for insatisfatório. Segundo ranking divulgado recentemente pela empresa de educação EF Education First os brasileiros ocupam o 38º lugar na proficiência do idioma entre 63 países.
Para se dar bem, é fundamental conquistar fluência e adequação absoluta na comunicação com os nativos – sobretudo na escrita.
4. Busque ter pluralidade nas suas experiências internacionais
Para um empregador norte-americano, o currículo ideal de um executivo inclui pelo menos 10 anos de experiência de mercado e pelo menos uma pós-graduação, seja lato ou stricto sensu. Ter feito parte da sua educação nos EUA ajuda, mas não é obrigatório.
Outro atrativo importante é contar com experiências de trabalho em diversos países – que não apenas os Estados Unidos.
5. Invista em competências comportamentais
Profissionais altamente especializados em suas áreas são muito buscados pelas empresas dos Estados Unidos, mas nem sempre o conhecimento técnico é preponderante para as contratações. Os empregadores norte-americanos dão muito valor a profissionais com espírito empreendedor: mesmo que você não tenha o seu próprio negócio, é esperado que pense como “dono” da empresa onde trabalha. Você tem que se adaptar ao estilo “do it yourself”.
Além disso, costuma quem tem postura flexível e escuta aberta à diversidade de opiniões. O brasileiro tende a ser mais aberto do que profissionais de outras nacionalidades, por isso é preciso explorar essa vantagem competitiva natural.
Last modified: 08/10/2017