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Gerações X, Y e Z: o que as empresas ganham com a mistura dessas profissionais?

Publicado por | Comportamento

Gerações X, Y e Z

Concentrar três tipos de geração de funcionários em um mesmo ambiente profissional pode gerar conflitos pelo ritmo de trabalho diferente.

É o que aponta a pesquisa “Convivência no mercado de Trabalho”, conduzida pela empresa de pesquisa Bridge Research, realizada com mulheres das classes A e B, pertencentes às gerações X, Y e Z, e moradoras da Grande São Paulo.

Basicamente, a atmosfera das empresas está composta por profissionais que já possuem experiência em mais de uma organização, bem como aqueles que ainda estão começando no primeiro emprego.

ComportamentoA análise comportamental mostrou divergências profundas entre as prioridades, tanto profissionais quanto pessoais, das mulheres analisadas pela pesquisa.

Entre essas divergências, está o fato de a Geração Y se preocupar em não cometer os mesmos erros da geração passada, ou seja, acredita que a X abandonou a família em detrimento da carreira, segundo o presidente da Bridge Research e coordenador da pesquisa, Renato Trindade. Já as mulheres da geração Z, segundo o especialista, têm comportamentos infantis com relação ao trabalho.

Outro detalhe levantado pela pesquisa está relacionado às pessoas que mais influenciam, no ambiente corporativo, as diferentes gerações de mulheres. Para a X, por exemplo, o mentor é escolhido por critérios de admiração e empatia.
“Esse profissional inspirador, que geralmente ocupa uma posição de liderança, direciona e ajuda a X a ponderar sobre importantes decisões; trata-se de um chefe que se torna uma referência para a troca de ideias. No caso da Y, o modelo é a figura de maior destaque e, algumas vezes, “inatingível”. Na prática, é uma pessoa que oferece um modelo a ser seguido, embora não haja uma relação de troca. Pode ser um executivo de uma grande corporação mundial ou um estadista ? Steve Jobs ou Bill Clinton, por exemplo”, descreve Trindade.

No caso da Z, o influenciador é associado a um protetor, uma figura paterna que pacientemente ensina, protege e prepara a jovem profissional para a dura realidade corporativa.

CenáriosAs lideranças foi outro ponto questionado entre as entrevistadas. As respostas mostraram-se conflitantes entre as gerações: para a profissional X, o modelo atual de liderança não é integralmente eficiente, sobretudo no que diz respeito ao gerenciamento do tempo, e permanece sendo pautado pelo dinheiro.

Para a Y, o modelo atual de liderança é time consuming, ou seja, existe um grande investimento em horas trabalhadas e tempo de dedicação para o reconhecimento. A Z, por sua vez, acredita que o modelo de liderança atual é exigente demais, excessivamente formal e presencial.

Na opinião de Trindade, a junção dessas gerações pode resultar em uma nova formação nas empresas, uma espécie de seleção de funcionários, na qual as diferentes competências e características das profissionais se completem.

“Motivada pelas Y e Z, a profissional X deve estar pronta a quebrar paradigmas e criar novos modelos de eficiência. Para isso, precisa focar na adaptabilidade. Pronta para mudar o cenário atual, a Y deve colocar a alta capacitação técnica e acadêmica a serviço da equipe. A profissional Z, considerada a mais maleável, está apta a lidar com a diversidade e as novas características do mercado corporativo”, afirma Trindade.

“Ao lidar com a chefe X, a Y deve evitar o apego apenas ao saber acadêmico e a arrogância, deve mostrar respeito à hierarquia, comprometimento, reciprocidade, flexibilidade e dedicação. Com as parceiras Y, evitar engessar o trabalho e processos rígidos e comportamentos autoritários. As parceiras valorizam o trabalho em equipe, as novas soluções de ver o mundo e o jogo de cintura; são profissionais que gostam de inovações tecnológicas e evolução acadêmica”, completa o executivo.

No caso das estagiárias Z, as Ys devem motivá-las, apresentar novidades, novas formas de fazer as coisas. Em contrapartida, evitar alteração de humor. “As jovens Z não estão preparadas para lidar com críticas, obstáculos e pressões; elas não sabem como agir se a Y fizer críticas muito duras”, afirma Renato Trindade.

Fonte: InfoMoney

Last modified: 06/26/2018